«Poderia enganar-me, julgar que sou bonita como as mulheres bonitas, como as mulheres olhadas, porque realmente me olham muito. Mas sei que não é uma questão de beleza mas doutra coisa, por exemplo, de espírito. O que quero parecer, pareço, bela também, se é o que querem que seja, bela ou bonita, bonita por exemplo para a família, mas só para a família, posso ser tudo o que quiserem de mim. E acreditam que sou. Acreditar que também sou encantadora. Desde que acredite, que isso se torna verdade para quem me vê e quer que eu seja segundo o seu gosto, também o sei. Assim, em plena consciência posso ser encantadora mesmo se estou obcecada pela execução do meu irmão.»
in O Amante, de Marguerite Duras
segunda-feira, 4 de abril de 2005
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1 comentário:
Pela beleza e por tantas outras coisas, é que te olho...
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