segunda-feira, 23 de maio de 2005

Disclaimer

Pela 1ª e última vez na história deste blog estou a escrever contrafeita e com um objectivo específico (factos que devem ser levados em consideração ao analisar a quebra que este post significa na minha linha editorial).
Ora muito boa tarde.
Este não é um blog literário. Não é um blog político. Não é de discussão de ideias e nem sequer é um blog para os amigos. Nunca lhe fiz publicidade e a maioria das pessoas que conheço não sabe que existe. O Pelo Contrário! é simplesmente o espaço onde livre e esporadicamente (só por não ter computador) descarrego o que me vai na cabeça. Ponto.
No início dos inícios, quando optei por deixar a opção dos comentários, fi-lo consciente das várias consequências possíveis: no entanto, há quanto a isto três valores que tenho como fundamentais - consciência, consistência e coerência.
Vamos lá ver se nos entendemos: eu não tenho o mínimo problema com comentários do género "amo-te", "odeio-te", "o teu blog é uma seca" ou "comi iscas ao jantar" - é para isso mesmo que o espaço dos comments existe. Aliás, adoro críticas e admiro quem as faz: construtivas, destrutivas, tanto faz - desde que conscientes, consistentes e coerentes.
Temos assistido aqui no Pelo Contrário! a uma telenovela absolutamente fascinante nestes últimos tempos (para refrescar a memória, consiste na parte I e na parte II, inadulteradas). Resumindo: apareceu-me aqui um satã desvairado a dizer baboseiras. Depois já pedia desculpa, dizia que era tudo um mind-game e que se chamava Pedro. Infelizmente descobri pelo sistema de comentários que era um rapaz que conheci em tempos, chamado André. E depois vieram dois supostos amigos (ou amigos imaginários, who knows these days) do dito para o defender.
Is it just me or this is getting a little bit creepy?
Eu juro que no princípio ainda tinha paciência. Eu gosto de conflitos. Apesar da incongruência, ainda me ia rindo e respondendo. Mas depois a decadência de toda a história começou a tornar-se incómoda até para mim; aquilo que mais me choca é a falta de consciência do ridículo. Lamento, mas acho mesmo que é a coisa mais deprimente do mundo. E não posso deixar que continue a acontecer no meu blog porque me deixa extremamente mal-disposta.
Que queiram vir para aqui tentar fazer-me análises psicológicas é silly. Mas cómico. Mas que queiram vir para aqui fazer aquilo que eu fazia para me divertir quando tinha 11 anos não é cómico. É ridículo, logo, deprimente.
Estou demasiado desanimada para continuar a escrever ou responder a seja o que for. É nestes momentos que o meu lado idealista e de fé na Humanidade é atropelado por um rolo compressor e não me deixa sequer a vontade de abrir os olhos a quem quer que seja, portanto vou abreviar.
- Este post serve para informar os estimados leitores que os ditos comments não vão ser eliminados, pensando em futuros estudos científicos. No entanto, todos os comentários posteriores que não respeitarem a "regra dos 3 valores" serão liminarmente apagados.
Vocês deixam-me cansada, por todos os motivos errados.

8 comentários:

Zé Gato disse...

Qual é o motivo certo para deixar uma pessoa cansada?

Eu respondo por mim: conflitos.
Gostas mesmo de conflitos? Explica-me porquê.

Eu não gosto. Odeio.
Simplesmente não os consigo evitar.
Sou demasiado primário para evitar. É preciso demasiado treino para evitar e eu não me treino.

bulletproof disse...

Bem-vindo, Pedro :)

O motivo 'certo' para eu ficar cansada, para as pessoas em questao, julgo que seria terem-me ofendido ou ferido a minha auto-estima...

A cena é que eu sou uma frustrada. Pura e simplesmente não conheço pessoas interessantes (tirando umas 3 ou 4, pronto). E por vezes a única maneira de ter conversas intelectualmente estimulantes é através da criação de conflitos. Mais uma vez, por todas as razões erradas.
Desculpa não conseguir aprofundar esta resposta, mas o que é que queres, hoje também é um dia não.

Um beijo e espero continuar a ver-te por ca.

PS- Acho que o treino em evitar conflitos é um eufemismo para acomodamento e talvez até alguma cobardia. Deixa lá isso :)

Anónimo disse...

Reencaminha-mos!!

;-)

Zé Gato disse...

Tu não és uma frustrada.
E conversas intelectualmente estimulantes, podes sempre tê-las comigo, i assure you.

Conflitos, acho que se evitam da seguinte forma:

"Senhor, dai-me calma para aceitar o que não pode ser mudado e audácia para mudar o que pode e sabedoria para distinguir uma coisa da outra..."

Não é uma má direcção a seguir, mesmo para um agnóstico...

E conflitos não me dão conversas intelectualmente estimulantes. Dão-me noites mal dormidas.

1beijo e claro que apareço por cá.

Marco Tábuas disse...

não contem comigo para conversas inteligentes, porque tenho até dificuldade em mantê-las inteligíveis.

bulletproof disse...

:P
Bem-vindo também :)

Anónimo disse...

Só não percebo uma coisa. Talvez mais do que uma mas de qualquer maneira vou começar por uma.
Porque é que só há uma voz feminina?
Isto é uma especie de festa privada e é preciso conhecer a/o dona/o para se entrar?
p.s. - continuo a achar que musica sem letras é bem mais intensa, criativa e intelectual. Não acham?

bulletproof disse...

nao! :D