Não gosto de pessoas que não gostam.
Um exemplo que, sei lá, me vem agora, são aquelas pessoas que falam constantemente sobre o quanto não gostam do Natal. Se bem que o Natal é só um pretexto - também não podem com o Ano Novo, nem com o Carnaval, nem com aniversários, ou com seja o que for que cheire a celebração - que o facto de se festejar alguma coisa é, a bem dizer, sumariamente parolo e quase tão desqualificante como nunca ter ouvido falar de Bukowski. (A não ser que seja uma celebração ancestral de uma tribo de imenso valor antropológico em honra de uma divindade primordial com grandes seios. Now that's a party.)
Enfim, isto é só um exemplo. É claro que quebrar a rotina meditativa intensa destas pessoas com algo tão comezinho como uma festa familiar poderia ferir mortalmente todo o não-sentido que a existência lhes atira para as costas e contra o qual sabiamente deixaram de se defender há muito, tendo como único consolo a profundidade dantesca do seu intelecto. E ninguém quer isso.
Há muitas outras coisas de que as pessoas não gostam. Coisas que as irritam, que as tiram do sério. E dão blogues. E livros. E tratados. Porque certas pessoas têm um universo emocional profundamente estético. Gostar das coisas está fora de moda.
Um exemplo que, sei lá, me vem agora, são aquelas pessoas que falam constantemente sobre o quanto não gostam do Natal. Se bem que o Natal é só um pretexto - também não podem com o Ano Novo, nem com o Carnaval, nem com aniversários, ou com seja o que for que cheire a celebração - que o facto de se festejar alguma coisa é, a bem dizer, sumariamente parolo e quase tão desqualificante como nunca ter ouvido falar de Bukowski. (A não ser que seja uma celebração ancestral de uma tribo de imenso valor antropológico em honra de uma divindade primordial com grandes seios. Now that's a party.)
Enfim, isto é só um exemplo. É claro que quebrar a rotina meditativa intensa destas pessoas com algo tão comezinho como uma festa familiar poderia ferir mortalmente todo o não-sentido que a existência lhes atira para as costas e contra o qual sabiamente deixaram de se defender há muito, tendo como único consolo a profundidade dantesca do seu intelecto. E ninguém quer isso.
Há muitas outras coisas de que as pessoas não gostam. Coisas que as irritam, que as tiram do sério. E dão blogues. E livros. E tratados. Porque certas pessoas têm um universo emocional profundamente estético. Gostar das coisas está fora de moda.
3 comentários:
e está a falar de que pessoas? é que eu as pessoas que conheço o q dizem n gostar é do consumismo associado a esta época e n a festa de família , que tdas dizem gostar. e n conheço ninguém que n goste de aniversários, pode n celebrar o próprio aniversário, mas q n goste nunca ouvi.
No fundo acho que aqui quem faz tudo para n gostar é mesmo você.
Ah, não não, cara pessoa anónima. Eu cá, como julgava já ter deixado claro, gosto de tudo. Longe de mim querer intrometer-me num referencial que é só seu e de algum modo insinuar conhecer pessoas tão estranhas e maldosas. Não se apoquente, que é Natal e as rabanadas não se dão bem com a azia. Boas Festas!
Eu também não gosto de quem não gosta. Eu cá, gosto. E gosto de gostar. E gosto de quem gosta. E gosto MUITO de ti :)
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