eu sou muito melhor que ela.
Gosta de mim, de mim.
Eu podia fazer-te feliz também.
Olha, gosta mais de mim do que dela.
Não te podia prometer que íamos ser felizes para sempre, mas de certeza que ela também não.
Porque é que gostas mais da voz dela do que da minha? Se pudesses ouvir a minha voz mais vezes de certeza que isso podia mudar.
Amas os pés dela? Mas se ainda não conheces os meus, se ainda não os pudeste ver todos os dias, no sofá, na banheira, no caminho de casa! Tenho a certeza que amarias os meus pés se visses a maneira como o esquerdo se curva ligeiramente para dentro enquanto escrevo a pensar em ti.
O que ela escreve não podes amar, eu sei, eu já li. Ela está vazia do que nos move. Ias deixar de amar o que ela escreve, as fotografias feias que ela tira. Até, com o tempo, os olhos dela. Eu tenho uns olhos bonitos, toda a gente o diz. Podias perder-te antes nos meus olhos, e mais tarde conseguir imaginar neles ilhas vulcânicas. O brilho dos meus olhos faria brilhar os teus, fácil.
Ias aprender a amar em mim até a falta do que amas nela. A minha inépcia para fada do lar, a minha recusa em usar batom. É doloroso imaginar que és capaz de amar um batom, mas sei que isso é só porque não me provaste ainda.
Olha, deixa-te gostar de mim. Eu gosto de ti, sabes. Gosto de ti coisas que nem vi, ainda.
No outro dia, encurralada e desamparada como um palhaço de plástico saiu-me o número do "altruísmo". Disse muito altruisticamente que me importava era que estivesses bem. Pois olha, não é nada. Não gosto de ti assim tanto que ponha a tua felicidade à frente da minha. E por ser humana e frágil e falível e incompetente não consigo deixar de acreditar em mim, de apostar em mim. De saber que sim, que isto é raro e bom. De querer raptar-te e fazer coisas bonitas contigo.
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3 comentários:
Sis, de repente deu-me uma vontade enorme de te dar um abraço enorme.
És linda, caralho.
Inspiraste-me. Estamos a crescer?
ok -.-
Adorei, adorei e adorei.
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